sábado, 3 de julho de 2010

Atuação do Levante Feminista e de Gênero no XXXII ERESS

Levante Feminista e de Gênero do Contra Corrente faz intervenção do Encontro de Serviço Social que aconteceu no primeiro semestre de 2010 na Universidade Federal da Bahia -UFBA.

Para assistir clique AQUI

Produções visuais do Movimento R.U R$1,00 Já!

A história do R.U da UFBA

Movimento R.U. R$ 1,00 Já!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Então eu vomito


Quero romper com o silêncio que me oprime. Sou mulher, sou lésbica, sou feminista. A carga de SER alguma coisa é, de fato, muito forte e vem acompanhada de muitos receios e responsabilidades. Precisamos juntas mudar a estrutura social patriarcal, racista e supremacista masculina. Em nossas vidas só sentimos o peso insuportável dessa estrutura opressora quando ousamos ocupar lugares que os discursos hegemônicos ditam que não são os nossos. Não vamos aceitar isso! A nossa responsabilidade é a de nos organizar, nos expressar de todas as formas possíveis e agirmos para que haja mudança.


Os mecanismos da estrutura social opressora que agem sobre nós são muitas vezes considerados inofensivos, mas influenciam diretamente na nossa construção pessoal - são os filmes de princesas e príncipes encantados que nos fazem assistir quando pequenas, o padrão inalcançável de beleza nas novelas e propagandas, a história e as teorias que nos tornam invisíveis nos espaços acadêmicos, enfim, por todos os lados tentam nos sufocar.


Se dissermos que não vamos casar: Toda mulher tem que ter um homem na vida; se engordarmos: Do jeito que está seu corpo nenhum homem vai te querer; se demonstrarmos carinho, na rua, com a mulher que gostamos: E aí, gatinhas? Como faço para me meter aí no meio de vocês? Nessa cultura falocêntrica, mesmo quando nossas vidas não englobam a de um homem, eles fazem de tudo para descer na nossa goela abaixo. Então eu vomito. Não vou deixar que os meus beijos, carícias e desejos, antes mesmo de nascer, já tenham um DONO. Não podemos deixar que os discursos que oprimem a nós lésbicas, mulheres e também aos homens homossexuais nos marginalizem, criminalizem, violentem ou nos tornem invisíveis.


Não resumo a minha luta ao direito de casar e para que as religiões aceitem minha sexualidade, precisamos transformar as normas e as práticas que nos oprimem, não reproduzi-las. Se amamos uma pessoa, por que vamos prendê-las em um casamento? Por que continuar dividindo casa e rua, papel construído para a mulher e para o homem? Estas práticas seriam incoerentes, já que, lutamos contra a obrigação de se encaixar nesse modelo hetero-monogâmico e pela libertação de nós mulheres. Estamos numa sociedade que nos impõe a heterossexualidade de moral cristã e, politicamente, temos o compromisso de romper com essa hegemonia. Se queremos ser livres e o amor é livre, não vamos nos colocar na caixa que a opressão nos dá.


Precisamos, unidas, lutar contra todas as formas de opressão, numa perspectiva lésbica, radical, anti-racista e anti-capitalista, apenas assim nossos corpos não serão mais objetos de exploração sexual e econômica. Vamos dar um basta nisso! Romper com os nossos silêncios e mostrar que estamos no mundo apesar de negarem a nossa existência.
Mirela Fonseca - estudante de Ciências Sociais -UFBA, militante dos coletivos ContraCorrente e Mulheres na Rua.

domingo, 23 de maio de 2010

E se...

E se não tivessemos nos reunido quando soubemos do absurdo?!
E se não tivessemos debatido e planejado como e por onde caminhar ?!
E se não tivessemos nos unido a tod@s que tambem se indignaram ?!
E se não tivessemos operado, pintado, criado e recriado coletivamente ?!
E se não tivessemos nos superado, construido e "intervencionado" ?!
E se não tivessemos ousado e caminhado contra a corrente e o correntemente pensado ?!

Daí talvez o corrente permanecesse!
Ou daí talvez o absurdo fosse superado!
Ou pasmem!! Daí talvez, o que produz o corrente e o absurdo fossem revolucionados!

E se... E é... E foi...

INCERTO!!

Um futuro... Um presente ... Um passado... Todos em forma de probabilidades.

Sem nós; Homens e Mulheres construtor@s da história, nem certo, nem probabilidades... SONHO!!

O se, o é, e o foi não seriam reais e possíveis... E assim sendo diríamos:
"A Revolução é um Sonho"

Mas NÃO!! Existimos!! Somos reais!! E o melhor... somos construtor@s da realidade.

....

Vamos senhoras e senhores da realidade! Aliás. É apenas disso que somos senhor@s.
Vamos pensar e contruir NA PRÁTICA!
Vamos pensar e contruir DA PRÁTICA!
Vamos senhores e sonhoras da realidade... Pensar e contruir essa nova sociedade!

Sejamos coerentes,
Não há como não sofrer perante as injustiças!
Sejamos coerentes,
Não há como não sermos rebeldes nesse mundo!
Sejamos coerentes,
Não há como não querer mudar o mundo!

Lutadores e Lutadoras DO povo... COM o povo e PELO povo!

Uma nova sociedade anuncia querer surgir!
... mas...
Sejamos coerentes,
Sem NÓS... TOD@S NÓS...

... Será apenas um anúncio!

(Para aquel@s que acreditam que um novo mundo é possível)

Por Vitor (Frodo), 20/04/10

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mulheres do mundo todo: unamo-nos!



Mulheres, este é um chamado, uma convocatória.
...
Quem nos disse pra ficar em casa enquanto trabalham na rua?
Quem nos disse que é para termos filhas e filhos e que é para ensinarmos às nossas filhas a falar baixo e ter modos?
Quem nos disse que é preciso estar sempre sorrindo e não falar palavrão?
Quem nos disse que quando queremos um homem precisamos esperar que ele “tome a iniciativa”?
Quem nos disse que precisamos de um homem para nos relacionarmos?
...
- Por quê não trabalhar apenas fora de casa?
Nos respondem: “você é mulher, não é o seu papel.”
- Por quê temos que parir?
Nos respondem: “você é mulher, é o seu papel.”
- Por quê nossas filhas não podem gritar e se expressar como querem?
Nos respondem: “ela é mulher, não é o seu papel.”
- Por quê não podemos chorar quando estamos tristes, sorrir quando estamos alegres, ignorar pessoas quando estamos chateadas?
Nos respondem: “você é mulher, não é o seu papel.”
- Por quê quando queremos estar com um homem não “tomamos também a iniciativa”?
Nos respondem: “você é mulher, não é o seu papel.”
- Por quê não podemos nos relacionar com mulheres?
Nos respondem: “você é mulher, não é o seu papel.”
QUE PORRA DE PAPEL É ESSE???? QUEM DISSE QUE QUEREMOS SEGUÍ-LO? QUEM DETERMINOU-O À NÓS????? QUEM O ESCOLHEU??????
Qual o problema em ser mulher? Em ser negra? Em ser lésbica? Em ser militante? Em ser FEMINISTA? Quem disse que isso é ruim, é crime ou que não corresponde a essa porcaria que determinaram “por nós” e “para nós”?
Somos mulheres, somos oprimidas, somos educadas para não falarmos em público, a sermos boas esposas, a darmos continuidade à espécie, a nos portarmos feito bonecas de porcelanas: Frágeis, indefesas! E durante séculos reproduzimos esse machismo, essa opressão... Sofremos abusos, maus-tratos, violências por parte de nossos pais, avós, vizinhos, conhecidos, desconhecidos, maridos, namorados, “parceiros” e “amigos”, COTIDIANAMENTE!
Até quando ficaremos caladas e deixaremos que o nosso corpo, a nossa vida, não nos pertença? Até quando permitiremos que outras mulheres, que não só nós, sofram por medo, pressão e não se libertem?
Prenderam nossos punhos, nossas pernas, colocaram uma venda em nossos olhos, amordaçaram nossa boca, tomaram nosso ar e tentaram parar o nosso cérebro. Porém, nossos ouvidos estavam libertos. Nos “permitiram” (e ainda nos permitem e nos permitimos também, vale ressaltar) escutar as coisas mais bizarras e absurdas...
Mas, apesar da tentativa, nossos cérebros não pararam de funcionar e, junto a eles nossos sangues pulsavam, jorrando ódio, raiva, fúria, até que nos demos conta da importância de estarmos juntas... Juntas desamarramos nossas mãos, desatamos nós que por tanto tempo nos impediram de nos tocarmos.
Primeiro as mãos, depois os pés, os olhos, a boca... e, ao libertá-la GRITAMOSSSSSSS!!! GRITAMOSSSSS como se algo quisesse sair de nós e, de fato, queria e quer, por isso continuamos a GRITARRRRR!!!!!! Não aceitamos mais essa opressão! Não aceitamos mais machismo! Não queremos esse papel determinado pelo falocentrismo! Não adianta!!!! Estamos em fúria! Estamos vendo tudo, ouvindo tudo, SENTINDO TUDO! ESTAMOS LUTANDO PELOS NOSSOS DIREITOS, ESTAMOS LUTANDO POR NÓS: MULHERES!!!! Nós temos o poder de decisão SIM, nós somos fortes SIM e JUNTAS podemos transformar a nossa realidade!!!
Estamos nos fortalecendo muito mais, mas ainda somos poucas, por isso e, por motivos que apenas nós em nossas particularidades sabemos:
Mulheres do mundo todo: unamo-nos!

Levante Feminista do Contra-Corrente.

domingo, 9 de maio de 2010

Movimento R.U. R$1,00 Já

No dia 16 de abril de 2010, a reitoria divulgou no site da UFBA a futura abertura do Restaurante Universitário (RU). Desde segunda-feira, o RU funcionou apenas para os Bolsistas Moradia, Bolsistas Alimentação, Bolsistas Residência Garibaldi. O RU abrirá, oficialmente, na segunda-feira no Centro de Convivência da UFBA, vulgo elefante branco de Ondina.

A abertura imediata do RU sempre foi uma pauta importante para o movimento estudantil da UFBA. A UFBA deixará de ter a fama de ser, juntamente com a UFPE, uma das duas únicas universidades federais do Brasil que não têm um Restaurante Universitário, mas ganhará a fama de ter o RU mais caro do Brasil, com o valor absurdo de R$ 5,50!!

Sabendo dessas informações, diversos/as estudantes de diversos cursos fizeram uma reunião e decidiram começar uma movimentação na universidade pela diminuição imediata do valor para R$1,00. Inicialmente, combinamos de fazer um ato na abertura do R.U, mas, quando soubemos que não aconteceria essa abertura oficial, decidimos, então, passar nas salas de aula do PAF3, no turno noturno, chamando os estudantes da UFBA para uma reunião geral no pátio da biblioteca central, em Ondina. Nessa reunião, discutiremos formas de mobilizar a universidade para que esse valor absurdo não seja cobrado à comunidade universitária e exigindo a redução do valor para R$ 1,00, que é um valor justo, que garante a permanência estudantil e que é o mesmo de outras universidades do Brasil.

Em nossas passagens em salas, os alunos nos receberam muito bem e percebemos o quanto é importante lutarmos pela construção de uma mobilização na UFBA que lute pela diminuição do valor do R.U para R$ 1,00, um valor justo e que garante a permanência do/da estudante na universidade. Com nossos cartazes, tapumes e gritos, diversos estudantes aderiram à causa.

Depois de passarmos nas salas de aula, decidimos ir ao salão principal da biblioteca central, pois soubemos que o então reitor estava lá, na cerimônia de abertura de uma exposição. Fomos à biblioteca central e fizemos nossa manifestação durante o evento que tinha as figuras centrais da atual gestão da reitoria. Convidamos Naomar de Almeida a nos prestar esclarecimentos no microfone sobre o valor do R.U e sobre a política de permanência que a UFBA garante. O reitor aceitou o convite, mas não nos deu grandes explicações, falando apenas àquilo que já sabíamos e que foi divulgado no site. O mais importante é que nos disse que não considera o valor de R$ 1,00 justo. Para ele, o valor deve ser mais alto que isso e utilizou de argumentações burocráticas que são (e foram) facilmente superadas em outras universidades públicas do país. Após manifestação responsável e objetiva, terminamos nossas atividades do dia.



RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO A UM REAL QUANDO?

JÁ!!!!!

QUANDO?

JÁ!!!!!

QUANDO?

JÁ!!!!!

Nós, do Contra Corrente apoiamos o Movimento R.U R$ 1,00 Já!
Acompanhe o blog e mantenha-se informad@

Nós e o Movimento Estudantil

Nós e o Movimento Estudantil
Paula Regina de Oliveira Cordeiro, estudante de Geografia- UFBA, militante dos coletivos Contra Corrente e Mulheres na Rua.

Nós, mulheres, sempre encontramos maneiras de nos reunir para organizarmo-nos, e isso se deu das mais diversas maneiras, de acordo com as exigências de tempo, espaço e privação. Fomos as negras que lutaram e expulsaram, as sufragistas que conquistaram os votos, as lésbicas que levantaram as vozes, as poetizas que reinventaram as letras, as artistas que deram as nossas formas, as escritoras que apontaram o nosso ver e existir e agora temos que ser as estudantes que falam, que reivindicam uma nova maneira de fazer e ser política.

Poderia ir pelo viés: “quantas mulheres estão fazendo parte dos cargos mais importantes do Movimento Estudantil?”, mas como diz uma grande amiga
“Ser mulher não basta. Mulher por mulher o mundo está cheio. Mulher não é sujeito político. Temos que ser Feministas. Feminista no seu sentido mais radical e defender as mulheres sempre.”. Prefiro, pois, ir aos problemas mais acalorados e difíceis.

O primeiro deles é o direito a fala e a maneira com a qual são conduzidos os debates e os espaços. Os companheiros não têm a sensibilidade, ou simplesmente não querem mesmo, perceber que fomos treinadas – graças à justificativa biológica – para não nos posicionarmos, falarmos ou até mesmo pensarmos. E, caem numa reprodução de construção de debates que continua a não permitir o nosso posicionamento, a não ser que nos portemos como eles “homens”. Não quero aqui discutir essas categorias de gênero mais profundamente, pois fugiria do objetivo central do texto. Com esse fazer político “masculino”, somos forçadas a nos comportar como eles ou a nos omitir por completo, cuidando apenas das atas, das artes e de outras atividades socialmente destinadas a mulher.

O segundo, e talvez o mais grave, seja a “tática dois” (sem falar na 3, 4, 5 que estão começando a entrar na moda), mais conhecida como t2. A tática dois se consiste basicamente em pessoas seduzirem (flertarem) outras pessoas para entrarem no Movimento Estudantil – e nas suas correntes políticas dentro do mesmo. Sedução essa que por vezes compromete a pessoa que está sendo cooptada. Para muitas/os tal tática é transversal, ou seja, atinge tanto homens quanto mulheres, mas para mim ela é sexista, misógina e machista. As mulheres, novamente pela construção que lhes são impostas, estão muito mais expostas a cair nessa armadilha. Um carinha descolado começa a se interessar por ela, de repente ela se vê envolvida com várias pessoas, festas, sensações novas, entra no M.E e o carinha a larga. Além de ser completamente repudiável, a t2 reforça o papel submisso da mulher, somos vistas como carne, massas de manobra. Depois de entrar na corrente, as mulheres acabam sendo vítimas do problema número um. Sendo invisíveis, a não ser quando as mesmas se revoltam, se organizam, mostram a cara e começam a questionar, o que não é muito bem visto pelos companheiros, já que “a conjuntura não é favorável, companheira.”, ou melhor, “temos que nos manter unidas/os sempre.”.

O terceiro problema que identifico é o não respeito pelas bandeiras feministas dentro do Movimento Estudantil. O aborto não está sendo discutido, a sua legalização não está sendo pautada; o fim da violência sexista anda no mesmo processo, assim como o assédio sexual, moral e emocional. Sem falar que, como me refiro ao M.E da/na Universidade, a interseccionalidade de Gênero, Raça e Classe quase nunca é tocada, já que os companheiros estão interessados unicamente (e de maneira às vezes rasteira) no debate de Classe, tornando-a mais importante que os demais. Ficamos refém, portanto da vontade política e ideológica dos homens para tocar as nossas bandeiras históricas. E até quando continuaremos reféns?

O quarto problema é o aparelhamento e emperramento por parte dos companheiros dos instrumentos de lutas historicamente feministas. Vide, a utilização destes instrumentos para eleição de chapas de DCE’s, CA’s e DA’s; sua pouca ou nula atividade dentro e fora da Universidade, e quando as atividades ocorrem restringem-se apenas à luta burocrática, a qual fere o caráter criativo do feminismo que sempre foi caracterizado pelo enfrentamento político direto (nas suas diferentes táticas e estratégias), intelectual e político (esferas de poder burocráticas ou não).

Quero lembrar, que considero que este problema não é com todos os companheiros do M.E, mas sim com aqueles que fazem questão de manter o papel socialmente construído da mulher dentro dos espaços de poder e disputa. A crítica é para os companheiros que nunca pararam pra pensar até que grau estão oprimindo as mulheres dentro e fora do M.E.
E critico, nós mulheres que não conseguimos romper com essas amarras e nos mostrar firmes, políticas, agressivas e combatentes. A nós, que não nos organizamos que não impomos as pautas feministas dentro de nosso raio de militância. E acho que está na hora de retomar as experiências das feministas revolucionárias e criarmos e tomarmos o nosso espaço, na tentativa também de re-movimentar o movimento estudantil. De construir com as e os estudantes as nossas pautas, para que possamos ter vitórias políticas concretas.

Aproveito a emoção e a força herdada de Audre Lorde para agradecer as minhas companheiras e companheiros (de verdade), que me deram o caldo político para escrever essa carta/texto. Agradecer as companheiras que se identificam como Feministas e que tem tentado travar esse debate dentro dos seus espaços de militância. E aos companheiros que tem nos apoiado e provado que ser pró-feminista também é muito importante. Agradeço às minhas rainhas ancestrais, as guerreiras ainda presentes e as que virão.

E proponho: organizem-se, combatam, vivam e vençam. Precisamos enfiar com muito debate e proposições as nossas bandeiras, as nossas angústias. Por que o pessoal é político e o Movimento Estudantil precisa saber disso.


Revisado por Elizabete Oliveira, estudante de Psicologia- UFBA; Lourdimar Silva, estudante de Economia- UFPI e militante do CORDEL; Mirela Fonseca, estudante de Ciências Sociais- UFBA e Ramayana Costa, estudante de Serviço Social-UFBA, ambas militantes do Contra Corrente.